Em apoio à FUNAI, contingente do órgão de segurança atuará por mais 90 dias na região das Terras Indígenas dos povos Pataxó e Pataxó Hã Hã Hãe; Operação Vértice Zero cumpre mandados de busca e apreensão em Caraíva
O ministro da Justiça do Brasil, Ricardo Lewandowski, prorrogou por mais 90 dias o emprego da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) em apoio à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) nas regiões sul e extremo sul da Bahia, mais especificamente na região das Terras Indígenas dos povos Pataxó e Pataxó Hã Hã Hãe. O emprego da FNSP ocorre em articulação com os órgãos de segurança pública do Estado do Nordeste, sob coordenação da Polícia Federal.
De acordo com a Portaria nº 989 do MJ, publicada no Diário Oficial da União, na quarta-feira (23), a operação terá o apoio logístico da FUNAI, que deverá dispor da infraestrutura necessária à FNSP. O contingente a ser disponibilizado obedecerá ao planejamento definido pela Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública, da Secretaria Nacional de Segurança Pública e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Vértice Zero
Coordenada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) da Bahia e feita em cooperação com o Ministério Público do Estado da Bahia, Força Nacional e as Polícias Federal, Militar e Civil, a Operação Vértice Zero foi realizada na quarta-feira, na aldeia de Xandó, no distrito de Caraíva, em Porto Seguro.
Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em imóveis ligados a suspeitos de envolvimento com homícidios, tráfico de drogas e ocupação ilegal em Terras Indígena no extremo sul da Bahia. Foram apreendidos cinco fuzis, quatro pistolas, um revólver, um rifle, diversos tipos de munição e diferentes porções de cocaína, crack, maconha e ecstasy.
Durante a operação, cinco pessoas foram detidas, sendo que dois homens reagiram à abordagem policial e foram baleados. Outros três suspeitos foram presos em flagrante por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
No sábado (19), um casal foi decapitado pelos criminosos alvos da operação entre os distritos de Caraíva e Barra Velha. Os membros da facção possuíam envolvimento com tráficos de drogas e armas, homicídios, roubo, lavagem de dinheiro, domínio de território e corrupção de menores.
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