Projeto permite que mulheres façam seus próprios exames preventivos

Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), em parceria com a ONG Xingu+Catu, desenvolveu um programa para rastrear e detectar o câncer do colo do útero em mulheres indígenas do Parque Nacional do Xingu, no Mato Grosso.

Mulheres waurás preparam polvilho para a produção de beiju na aldeia Piyulewene, no Território Indígena do Xingu – Lalo de Almeida -28.jul.2022/Folhapress

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A ideia do projeto é que elas consigam fazer seus próprios exames preventivos. O método usado é o PT-PCR, um teste molecular mais avançado que o papanicolau. A coleta é feita pela própria paciente com o uso de uma espécie de “cotonete”, sem a necessidade de que ela seja examinada presencialmente por um médico.

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O exame detecta com maior precisão a presença do HPV (papiloma vírus humano) e do câncer uterino. As mulheres das aldeias que tiverem alguma alteração no teste serão encaminhadas para acompanhamento clínico na rede do SUS (Sistema Único de Saúde).

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O médico do Hospital das Clínicas Marcos Menezes, que liderou o estudo, afirma que não há dados sobre a incidência de infecção por HPV ou de câncer de colo do útero na população indígena brasileira.

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Menezes é um dos fundadores da ONG Xingu+Catu, criada em 2022 por médicos e empresários para oferecer serviços de saúde em comunidades indígenas situadas em áreas de difícil acesso.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2023/06/hc-desenvolve-programa-para-rastrear-cancer-do-colo-do-utero-em-indigenas-do-xingu.shtml

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