O presidente da República, Jair Bolsonaro, destacou os avanços da Fundação Nacional do Índio (Funai) sob a gestão do presidente Marcelo Xavier, que completa dois anos à frente da instituição no fim do mês de julho. Foi durante entrevista exclusiva concedida por Bolsonaro à TV Brasil na segunda-feira (19). Confira a íntegra:
Na ocasião, Bolsonaro ressaltou os trabalhos da Nova Funai voltados à promoção da autonomia e do desenvolvimento nas comunidades indígenas. “O presidente da Funai vem fazendo um trabalho excepcional nessa área”, salientou. Xavier é delegado da Polícia Federal e, antes de ocupar a Presidência da Funai, foi ouvidor do órgão entre 2017 e 2018. Sua gestão é marcada pelo incentivo a projetos de etnodsenvolvimento e apoio a atividades produtivas sustentáveis nas aldeias que resultem em geração de renda aos indígenas.
“Os índios querem liberdade, querem dignidade”, enfatizou Bolsonaro, citando diversas etnias no país que desenvolvem a agricultura em suas aldeias, como os Paresi, que, de maneira autônoma, cultivam soja, feijão e milho, entre outros, faturando em média R$ 20 milhões ao ano, o que beneficia mais de 3 mil indígenas no Mato Grosso. Hoje, eles plantam cerca de 20 mil hectares, o que correspondem a apenas 1,7% da área total de duas Terras Indígenas – Utiariti e Paresi.
“O índio deve poder fazer na sua terra o que um fazendeiro vizinho faz na dele, como plantar e fazer pequenas centrais hidrelétricas”, acrescentou o presidente da República, que, no último dia 13, recebeu no Palácio da Alvorada indígenas das etnias Enawenê Nawê e Rikbaktsa interessados em produzir e trabalhar em suas aldeias. No encontro, o presidente também manifestou apoio à autonomia das comunidades. “O indígena tem o direito de fazer o que ele quiser na terra dele, ele é um cidadão brasileiro”, frisou.
Atuação da Funai
O incentivo à autonomia das comunidades indígenas por meio da produção sustentável é uma das ações prioritárias da Nova Funai. Nos últimos dois anos, a fundação investiu aproximadamente R$ 30 milhões em projetos voltados à geração de renda nas aldeias. Os recursos foram destinados para diversas ações que visam a autossuficiência, como a aquisição de materiais de pesca, sementes, mudas, insumos, ferramentas, maquinário agrícola, apoio para o escoamento da produção e realização de cursos de capacitação para os indígenas.
Entre os projetos que contam com o apoio da Funai e que têm apresentado resultados expressivos na transformação da realidade das comunidades indígenas estão a produção de grãos da etnia Paresi no Mato Grosso, a colheita de castanha dos Cinta Larga em Rondônia, a produção de camarão da etnia Potiguara na Paraíba e a produção artesanal dos indígenas Guarani no Sul do país.
“Ao impulsionar a produção de forma sustentável nas aldeias, colaboramos para que os indígenas garantam a segurança alimentar em suas comunidades, ampliem o cultivo, comercializem o excedente produzido e se tornem autossuficientes. Desta forma, contribuímos para levar dignidade às diferentes populações indígenas”, destaca o presidente da Funai, Marcelo Xavier.
Só em 2020, a Funai apoiou mais de 234 projetos de etnodesenvolvimento, o que possibilitou o atendimento direto e indireto de aproximadamente 56 mil famílias em 227 Terras Indígenas. Recentemente, a Funai adquiriu 14 tratores, 14 grades aradoras e 14 carretas para apoio às atividades produtivas em diversas aldeias no país. O maquinário será usado nas comunidades para que elas possam ampliar a produção agrícola.
Assessoria de Comunicação/Funai
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