Um grupo de lideranças indígenas dos povos Suruí e Cinta Larga, de Rondônia, estiveram nesta segunda-feira (28) na sede da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), em Brasília, para apresentar as principais demandas das etnias. Entre elas, está o reforço da atuação da Funai na região, o que inclui aumento do número de servidores da Coordenação Regional (CR) de Cacoal.
As reivindicações foram recebidas pela diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai, Lucia Alberta Andrade de Oliveira. Na ocasião, ela explicou que o apoio à CR está entre as prioridades da Funai. Lucia Alberta mencionou o concurso público para novos servidores, que oferecerá 502 vagas de níveis superior e intermediário, como exemplo de ações que permitirão reforçar a presença da Funai em localidades como Cacoal. “Também estamos trabalhando pela aprovação do Plano de Carreira da Funai, o que deve tornar a carreira indigenista mais atrativa, ajudando a recompor o órgão indigenista“, destacou.
O cacique-geral Paiter Suruí, Almir Suruí, solicitou ainda a ampliação das ações de combate a atividades ilegais na Terra Indígena Sete de Setembro, tais como garimpo, exploração de madeira e arrendamento. “No ano passado, mais de 1.000 hectares foram desmatados por conta dessas atividades“, alertou. De acordo com Lucia Alberta, o combate a ilícitos em terras indígenas também está entre as pautas urgentes da Funai, cujo trabalho tem sido realizado em parceira com outros órgãos federais.
O encontro abordou ainda temas como saúde indígena e segurança alimentar. Na presença da coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Vilhena, Midiã Gomes Cinta Larga, Lucia Alberta ressaltou a importância do alinhamento entre as ações da Funai e da Secretaria Especial de Saúde Indígena, vinculada ao Ministério da Saúde. A ideia é intensificar o diálogo entre as instituições. “O DSEI está de portas abertas. Estamos aqui para trabalhar juntos“, afirmou Midiã.
Outra pauta prioritária é o incentivo a projetos sustentáveis desenvolvidos pelos indígenas de Rondônia. Atualmente, eles cultivam itens como café, castanha e cacau. “Vamos avançar no diagnóstico da Terra Indígena Sete de Setembro e na pauta da saúde, bem como na promoção do etnodesenvolvimento. Estamos sempre à disposição das lideranças“, completou a diretora.
Assessoria de Comunicação / FunaiCategoria
Comunicações e Transparência Pública
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