Servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai), militares e agentes ambientais da Operação Samaúma derrubaram pontos de apoio ao desmatamento na Terra Indígena Trincheira/Bacajá, no município de São Félix do Xingu, a cerca de 1 mil quilômetros da capital paraense, Belém.
A ação de fiscalização realizada no último dia 29 atuou nos locais em que haviam barracas improvisadas utilizadas por infratores como pontos de apoio para a abertura de ocupações irregulares na Terra Indígena. A equipe da Operação cortou, ainda, uma cerca que caracterizaria um loteamento dentro da Terra Indígena.
A ação contou com o apoio de helicópteros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Marinha e Exército. Ao chegar na Terra Indígena Trincheira/Bacajá, a equipe encontrou toras de sustentação da ponte jogadas no córrego. “A metodologia utilizada pelos invasores é serrar parte da estrutura da ponte. Os invasores fazem isso para que os agentes não adentrem nas Terras Indígenas”, explicou o indigenista da Funai, Jonilson Navarros.
De acordo com o coordenador de fiscalização da Funai, Luiz Conde, aquele local foi escolhido para a atuação da Operação Samaúma após a identificação de desmatamento realizada pelo Centro de Monitoramento Remoto (CMR) da fundação, sistema que monitora as ocorrências de desmatamento nas Terras Indígenas e acompanha as mudanças de uso e ocupação do solo. “Fazemos esse acompanhamento e verificamos que aquelas entradas da Terra Indígena estão sendo ampliadas, dando a certeza de que ali ocorre desmatamento”, explicou Conde.
Os militares das Forças Armadas integrantes do Comando Conjunto Norte realizaram a segurança dos agentes dos órgãos fiscalizadores. “Fazemos a segurança afastada, para evitar, por exemplo, que alguém venha das cidades mais próximas e interfira nas ações”, explicou o comandante da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, General de Brigada Giovani Moretto.
Assessoria de Comunicação / Funai
com informações do Ministério da Defesa
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