Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
Coordenadora da Câmara de Populações Indígenas foi convidada pela ministra Sônia Guajajara para prestar atendimento aos indígenas
O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais (6CCR), esteve na Terra Indígena (TI) Panambi-Lagoa Rica, em Douradina (MS), nessa terça-feira (6), após os ataques sofridos pelos indígenas Guarani Kaiowá na região. O órgão foi representado pela subprocuradora-geral da República e coordenadora da 6CCR, Eliana Torelly, e pelo procurador da República Marco Antônio Delfino.
No último sábado (3), o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) recebeu informações de que produtores rurais teriam entrado em conflito com os indígenas Guarani Kaiowá, durante a ação de retomada de áreas da terra indígena. O território foi identificado pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) como tradicional em 2011, no entanto, o processo demarcatório está suspenso por ordem judicial.
Segundo informações do MPI, ao menos oito pessoas ficaram feridas, cinco foram hospitalizadas. Os prontuários indicam que três indígenas foram feridos por armas de fogo, com munição letal, e dois por balas de borracha. Perícias estão sendo realizadas para determinar os detalhes. “Verificamos que as condições de permanência dos indígenas no local são péssimas. Eles estão em barracas de plástico, expostos a condições extremamente precárias. A questão requer ações de urgência”, frisou Eliana Torelly.
Com o intuito de encontrar soluções para o conflito, foram ouvidas as lideranças indígenas e os produtores rurais. A viagem ao local foi proposta pela ministra de Estado dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e contou com a participação de integrantes da pasta federal, da Funai e do Governo de Mato Grosso do Sul.
Os ataques, de acordo com o MPI, ocorreram durante a ausência da Força Nacional no local em decorrência do patrulhamento em outras áreas de retomadas na mesma região. O encaminhamento imediato foi reforçar o efetivo da Força Nacional, a fim de evitar que a violência escale para níveis mais graves.
*Com informações da Comunicação do MPI
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