Na agenda do encontro, questões acerca dos povos indígenas e negros no Brasil e a promoção dos direitos humanos dessas populações (Foto: Clarice Castro – Ascom/MDHC)

Nesta quarta-feira (3), o ministro Silvio Almeida respondeu questionamentos sobre o combate ao racismo e a situação dos Yanomamis durante agenda conjunta

ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, recebeu a subsecretária-geral das Nações Unidas e assessora especial para Prevenção do Genocídio, Alice Wairimu Nderitu, nesta quarta-feira (3). Na agenda do encontro, questões acerca dos povos indígenas e negros no Brasil e a promoção dos direitos humanos dessas populações.

Durante a reunião, o ministro Silvio Almeida reconheceu as graves violações de direitos humanos sofridas pelas comunidades indígenas, em especial os Yanomamis, e pela população negra do país nos últimos anos. Além disso, o gestor expôs a preocupação do governo federal em formular políticas públicas de reparação.

“Acredito que um olhar apurado sobre a realidade brasileira pode nos permitir, enquanto parte do Estado brasileiro, compreender a amplitude dos problemas que temos enfrentado. Não podemos negar a existência de obstáculos, mas considero importante reconhecer os esforços, por parte do governo e da sociedade civil, em mudar esse contexto”, disse.

O titular do MDHC ainda pontuou a importância da colaboração da ONU para a construção de estratégias de cuidados. “Os povos indígenas e da população negra são bases importantes na construção do Brasil. Cuidar desse povo é cuidar do Brasil”, declarou.

A secretária-executiva do MDHC, Rita Oliveira, também esteve presente e reforçou a importância de elevar o debate para o etnodesenvolvimento sustentável, uma garantia de preservação e proteção dos povos originários.

Combate ao discurso de ódio

Em fevereiro, o MDHC criou um Grupo de Trabalho para discutir estratégias de enfrentamento ao discurso de ódio e extremismo no Brasil. Para a subsecretária-geral da ONU, o discurso de ódio é o início de um ciclo de violências. “Nem todo discurso de ódio equivale a um genocídio, mas todo genocídio foi precedido e acompanhado por falas violentas”, complementou.

O ministro Silvio Almeida concluiu pontuando os esforços do governo federal em analisar e criar mecanismos de combate à intolerância. “O ódio é presente e latente na sociedade em que vivemos. O Brasil tem um grave histórico de violação de direitos humanos, produzido por uma série de circunstâncias globais, mas temos a responsabilidade de criar estratégias de prevenção e de repressão”, enfatizou.

Texto: N.C.

Edição: R.O.

Revisão: A.O.

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Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2023/maio/mdhc-e-onu-buscam-alternativas-para-enfrentar-o-genocidio-de-negros-e-indigenas-no-brasil