Assembleia dos Povos da Terra pela Amazônia, reuniu lideranças indígenas da região amazônica para elaboração de estratégias, que vão guiar a criação de políticas públicas para as comunidades indígenas no enfrentamento das mudanças climáticas

O momento foi para ecoar as vozes de quem luta pela preservação da Amazônia, assim foi a  Assembleia dos Povos da Terra pela Amazônia, em Belém, no Pará. A programação teve início no dia 04 e finalizou na quarta-feira 09 de agosto.

Assembleia dos povos da terra pela Amazônia, foi uma pré-cúpula, e reuniu povos indígenas que têm a floresta amazônica em seus territórios.

Os dias de programação envolveram diversas mesas de debates e plenárias voltadas para proteção do território, mudanças climáticas, plano de ação para proteção dos povos indígena isolados, solução de governança e gestão territorial na amazônia.

Na plenária V, foi discutido o tema: Os Povos Indígenas das Amazônias- Um Novo Projeto Inclusivo para a Região. Foi produzido um resumo de tudo que foi tratado nos dias de evento tanto nos Diálogos amazônicos e na Assembleia dos Povos da Terra  pela Amazônia.

Um documento que reuniu os principais pontos da Amazônia Indígena,foi produzido  para a Cúpula dos Presidentes. O documento que levou o nome de Carta dos Povos Indígenas da Amazônia, feito pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), define planos e pontos que vão conduzir a  implantação de políticas pública para as comunidades indígenas pelos Presidentes da Bacia Amazônica.

Lideranças de Roraima durante o evento em Belém    Fotos/Ascom Cir

Conforme Sineia do vale, do povo Wapichana, coordenadora do Departamento de Gestão Territorial e Ambiental (DGTA) do Conselho Indígena de Roraima( CIR), e também coordenadora nacional do Comitê Indígena de Mudanças Climáticas(CIMC), o momento foi  importante, e os povos indígenas são  fundamentais no debate sobre mudanças climáticas, e sem a participação e os conhecimentos  tradicionais, não tem como se quer falar sobre o assunto, “ Esse é um  momento muito importante para que nós os povos indígenas possam trazer suas vozes,para essa discussão tão relevante, principalmente quando se fala em amazônia, clima, mercado de carbono e bioeconomia”, pontuou Sineia.

Sineia, que participou de diversas plenárias na assembleia, ressaltou que não tem como falar desses temas, sem debater sobre a demarcação dos territórios, os direitos dos povos indígenas e não ao marco temporal, ‘’Sabemos que sem terra não tem floresta em pé, não conseguimos fazer a barreira do desmatamento ,da queimada, é preciso garantir esse direito”, concluiu a coordenadora.

A programação ocorreu em dois  lugares na capital paraense, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia e na Aldeia Cabana. As delegações com lideranças indígenas dos estados do Acre, Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Pará, participam da programação.

Lideranças indígenas Jovens, mulheres , homens vindos dos estados e países que fazem parte da amazônia, todos juntos na luta pela defesa e garantias  dos direitos.  Lerijane Macuxi, tuxaua na comunidade Morcego terra indígena Serra da Moça, acompanhou de perto as discussões na  Assembleia dos Povos da Terra pela Amazônia, para ela o encontro  serviu para mostrar, que os povos indígenas são os guardiões da floresta e a solução para a  amazônia, “Nós povos indígenas de todos os territórios defendemos a vida,  e não queremos que ninguém decida nada por nós, o nosso objetivo maior é a proteção dos territórios, pois somos o passado, presente e futuro demarcação já”, exaltou a tuxaua.

Atos pelos direitos ao território e educação  Fotos/ Ascom Cir

Foram dias intensos com compartilhamentos de saberes entre diferentes povos. Edinho Batista, coordenador do  Conselho Indígena de Roraima(CIR),  também esteve na Assembleia e participou dos debates, “As mudanças climáticas e o aquecimento global foram temas destaques, a preocupação dos povos indígenas é serem ouvidos e inseridos nas ações de salvamento do planeta terra, nós sabemos que as as comunidades indígenas são protagonistas no enfrentamento às mudanças climáticas”,explicou o coordenador .

O Departamento de Gestão Territorial e Ambiental(DGTA), do  Conselho Indígena de Roraima(CIR), é pioneiro no enfrentamento às mudanças climáticas, onde foi desenvolvido um estudo de caso na região serra da lua, que tem sido referência nas questões climáticas.

A assembleia contou com a participação de diversas organizações indígenas, entidades que atuam na defesa dos direitos dos povos originários, ao final foi feita  marcha Marcha dos Povos Indígenas da Terra pela Amazônia, que percorreu as  ruas de Belém.

Fonte: https://cir.org.br/site/2023/08/11/povos-indigenas-definem-planos-para-construcao-de-politicas-publicas-em-assembleia-pela-amazonia-e-lancam-carta-para-cupula-da-amazonia/

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