A Fundação Nacional do Índio (Funai) vem reforçando as ações de proteção a povos isolados no estado do Acre. As atividades ocorrem por meio da Frente de Proteção Etnoambiental (FPE) Envira, com o apoio técnico da Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Funai (CGIIRC).
Ao longo do ano de 2020, a FPE Envira implementou barreiras sanitárias e postos de controle de acesso nas Terras Indígenas (TI) Kaxinawá do Rio Humaitá, Kulina do Rio Envira e Mamoadate, onde há referências confirmadas de povos isolados. O intuito é intensificar a vigilância e o controle de acesso a esses territórios durante a pandemia de covid-19.
A unidade atua ainda em ações de monitoramento remoto, como análise de imagens de satélites e sobrevoos. “O objetivo é criar modelos sobre as dinâmicas territoriais dos isolados e elaborar estratégias contundentes de proteção territorial”, explica o coordenador de Políticas de Proteção e Localização de Povos Indígenas Isolados da Funai, Geovanio Oitaiã Pantoja.
No fim do ano passado, foi realizado pela Funai um sobrevoo de monitoramento em toda a região da FPE Envira, com o apoio da Força Aérea Brasileira. O voo percorreu uma rota previamente estabelecida pelos técnicos da fundação sobre sítios de referências confirmadas de povos isolados no Acre. “Na ocasião foram sobrevoados locais de ocupação dos isolados na TI Mamoadate e não foram constatadas ameaças externas nessa área protegida”, destaca Pantoja.
A FPE Envira também executa com frequência diversas atividades de campo, sejam elas expedições de monitoramento ou localização de indígenas isolados, diagnósticos sobre o uso e ocupação da área do entorno ao território desses povos e trabalho de conscientização da população não indígena sobre a política de proteção aos povos isolados a partir da premissa do não contato e da autodeterminação.
Assessoria de Comunicação/Funai
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