Indígenas da etnia Haliti-Paresi, do estado de Mato Grosso, defendem que a mitologia de origem do arco e da flecha simboliza a busca por objetivos de vida. Além do uso dos instrumentos para guerrear, pescar e caçar, eles afirmam que o arco e a flecha possuem um sentido mais profundo e milenar: o de alcance dos sonhos.

Desde criança, os indígenas Haliti-Paresi aprendem a usar a flecha mirando nos objetivos de forma equilibrada – e esse equilíbrio é representado pelas duas penas localizadas no final da flecha. A ponta afiada visa romper os obstáculos, dando sentido à crença milenar. Mas para as lideranças da etnia, para alcançar os objetivos é preciso um elemento principal, o coração. É ele que impulsiona a alcançar o objetivo proposto – por isso foi criado o arco que simboliza o coração.

Caciques da etnia explicam que muitas vezes as pessoas se lançam em diferentes objetivos e não entendem quando não alcançam nenhum. Os antepassados indígenas defendiam à época que todo ser humano deve possuir elementos da natureza internamente, como forma de garantir a centralidade emocional, física e espiritual.

De símbolo cultural nas aldeias a instrumento de modalidade esportiva, o arco e a flecha viraram símbolos de competição olímpica. Também conhecido como Tiro com Arco, passou a ser utilizado como esporte no século XVII, com um torneio realizado na Inglaterra. O esporte foi introduzido nos Jogos Olímpicos em 1900 e permaneceu até 1920. Depois de um tempo fora da competição, voltou a compor a agenda Olímpica na década de 70 e se encontra até os dias atuais.

Assessoria de Comunicação/FunaiCategoria

Cultura, Artes, História e Esportes

Tags: SimbologiaArco e FlechaTradiçãoCostumes Símbolos Indígenas

Fonte: https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2022-02/no-mato-grosso-simbologia-fortalece-a-tradicao-do-arco-e-flecha-indigena

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